27 jan The Crown
The Crown aborda o início do reinado da rainha Elizabeth
A série escrita por Peter Morgan, roteirista do filme ‘A Rainha’, da um show e impressiona em todos os aspectos, além de ser considerada a mais cara do serviço de streaming Netflix. Dizem os especialistas que a produção bateu a casa dos US$ 100 milhões.
Tamanho investimento tem um motivo recorrente ainda nos de hoje, a curiosidade e o fascínio do público pela realeza britânica, seja em seus aspectos culturais, comportamentais até os interesses familiares e suas relações.
O roteiro nos leva para a 1950, no início do reinado de Elizabeth II (interpretada pela atriz inglesa Claire Foy) que precisou assumir o trono aos 25 anos de idade após a morte de seu pai o rei George VI.
Desde o início The Crown se mostra um drama majestoso, com uma direção de arte e fotografia que encantam e enchem os olhos do espectador.
Os episódios retratam o dia a dia da rainha e mostram, além de outras várias situações muito bem produzidas, a relação com seu marido, o duque de Edimburgo (Matt Smith) e o primeiro ministro Winston Churchill (John Lithgow).
A série traz muitos detalhes realísticos, baseados em pesquisas, arquivos, biografias, minutas de gabinete e conversas que o autor teve com pessoas ligadas à residência real.
Outro aspecto que merece destaque são os figurinos, criados por Michele Clapton. É muito interessante observar os detalhes de cada roupa na composição dos personagens e na ambientação dos cenários da época.
Michele, uma figurinista experiente disse que a ideia foi usar a história como referência, mas não replicar trajes totalmente. “não estamos fazendo um documentário, estamos criando um drama.” disse ela para um site inglês. Segundo Clapton, o espectador deve estar bem informado sobre o período e o contexto da época.
Sobre os trajes masculinos, a figurinista disse que muitos dos ternos dos homens foram feitos com tecidos mais pesados, difíceis de encontrar hoje em dia. Isso faz uma diferença tão grande no modo como a roupa se comporta e a maneira como os homens se sentem nela.
Os uniformes também foram uma arte à parte e precisaram de especialistas pois cada peça tem sua especificidade e uso distinto dependendo da ocasião. Podem parecer todos iguais mas não são.
Segundo Michele Clapton, foi incrível a montagem do figurino do Duque de Edimburgo e todos os seus ternos, porque quase todos eram estilizados. ele era muito vaidoso principalmente no que diz respeito ao seu uniforme naval. Michele conta que o Duque era também um modernista, ele queria que a coroação fosse televisionada. Daí tentaram mostrar essa característica pessoal de um cinto usado para a cerimonia ao inves dos adereços tradicionais em seu terno. Houve tantos pequenos detalhes que tentaram explorar através dos trajes, olhando referências em como as pessoas usavam as coisas naquela época, até mesmo na forma como davam os laços e os nós das gravatas.
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