Alfaiataria de primeira | Camisaria Turquesa
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Alfaiataria de primeira

Alfaiataria de primeira

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Onde e por que a elite bem vestida encomenda ternos e camisas feitas sob medida

 

Por: Laura Artigas

Veja SP

 

 

Num desses casos em que a vida imita a arte, Sir Michael Caine saiu de “Um Golpe à Italiana” não apenas com uma lição sobre como usar um terno cortado à moda da Sicília – terno ajustado e longilíneo para seu quase 1,90 metro de altura e gravata, camisa em branco tom-sobre-tom e paletó de três botões (detalhe até hoje considerado chiquérrimo pelos bons alfaiates da terra de Giorgio Armani e Ermenegildo Zegna). Consigo, Caine levou o endereço do alfaiate que vestiu seu personagem gângster. Do filme de 1969 para cá, o ator inglês se tornou um ícone de estilo para os homens – pelo menos para aquela fatia interessada em aparência impecável. O segredo “cainiano” permanece o mesmo ao longo das décadas: Douglas Hayward, cujas tesouras ainda estão na ativa em plena Savile Row, rua em Londres que se tornou a meca da alfaiataria sob medida. Ao incorporar o jeito italiano de cortar um terno, bem mais à vontade, ainda que impecável, do que a rígida alfaiataria inglesa, Hayward revolucionou a tradicional escola de Savile Row – similar ao que Yves Saint Laurent fez na alta costura, à mesma época, para as mulheres.

Não há equivalente no Brasil a uma rua como a Savile, onde alfaiates e seus metros de lã super 200 – o fio que mora no topo da pirâmide dos tecidos finos –, mais de 40 tons de cambraia azul para cortes de camisas e padronagens que incluem risca-de-giz roxas ou verde-limão se encadeiam elegantemente um porta ao lado da outra. Mas há em São Paulo um seleta de homens que dominam, em alguns casos numa sabedoria passada de geração a geração, a arte do corte e da costura. Instalados em ateliês e igualmente rodeados por tecidos, pequenos rolos de retalhos especialmente guardados para a manutenção de punhos e colarinhos das camisas, e um café bem passado sempre a disposição dos clientes, os alfaiates finos da cidade atendem uma clientela que sabe o que significa se vestir à Michael Caine.

As camisas são um caso a parte. Além do já tradicional serviço de bordado das iniciais do nome no bolso, a mão, a camisaria Turquesa São Paulo batiza as adaptações exclusivas dos três tipos de colarinhos básicos (clássico, italiano e francês) com o sobrenome do comprador. “Caso outro cliente queira encomendar um igual, pedimos autorização do autor para reproduzi-lo”, diz Christiano D’Carlo, 37, proprietário do ateliê. E, como em todo serviço de luxo, os produtos são feitos para durar uma vida. Portanto, é possível substituir apenas os punhos e o colarinho para voltar a ter uma camisa novinha em folha.

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